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11 de ago. de 2011

Lívia

Andando pelas sujar ruas
Limpas do subúrbio
Não sinto o seu beijo
Tudo o que sinto é o gosto
Frio da água que toca meus lábios
Enquanto caminho sozinho
Por uma rua quase deserta
Em que ninguém se importa
Ninguém sabe, ninguém sente.
Ninguém liga para o meu estado
Minhas idéias, meus sentimentos
Minhas esperanças, minhas saudades.

Andando pelas calmas ruas
Agitadas do centro
Não sinto o seu cheiro:
perfume suave e inebriante
Aroma suave que me causa devaneios
Delírios da mente de um tolo apaixonado
Que queria agora apenas estar com você,
Estar em sua doce presença serena e cativante
Ao invés de estar sozinho nesta
Triste rua mal iluminada
Solitária e semi-deserta na qual caminho agora
Apenas com sua lembrança em meu pensamento
Impedindo-me de ser levado à loucura
Por este caminho solitário e sombrio
No qual permaneço
Até nosso próximo encontro.

Andando pelas simples ruas
Complicadas da cidade
Não sinto o seu toque.
Suave e macio como um travesseiro de nuvens
Sublime como uma leve brisa de outono
Que me encanta e atordoa
EMe leva ao paraíso e de lá me atira
De volta à realidade
Como o sopro de uma ilusão
Que confunde e mistifica
Sem jamais alterar sensação alguma
E de tão delicado chega a parecer
Que nunca aconteceu.

Hoje eu escrevi uma canção para você
Espero que você goste.


(Escrito em 2005)

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