O daltonismo não é "frescura", como alguns pensam, e sim uma perturbação da percepção visual, fazendo com que o portador seja incapaz de DIFERENCIAR algumas cores (às vezes todas).
As possíveis causas são: genética (mais comum), lesões nos órgãos visuais e lesões neurológicas. Essa perturbação é causada por uma ausência ou redução no número de cones ou mal funcionamento deles.
O daltonismo foi descoberto no século XVIII por John Dalton, que também era daltônico (daí o nome). A maior parte das pessoas afetadas pelo daltonismo são homens (uma vez que o cromossomo que carrega essa característica é o X e ela é recessiva, as mulheres precisam de dois cromossomos portadores para desenvolver o daltonsimo (Xd Xd).
O daltonismo NÃO é dividodo em graus, mas em tipos, que podem ser Monocromácias, Dicromácias e Tricromácias Anômalas. As Dicromácias são divididas em:
- Protanopia (quando há problemas relacionados aos cones "vermelhos"), que é a impossibilidade de diferenciar cores no segmento verde-amarelo-vermelho. A percepção das cores além do laranja também é afetada.
- Deuteranopia (quando há problemas relacionados aos cones "verdes"), que é a impossibilidade de diferenciar cores no segmento verde-amarelo-vermelho. Esse tipo é raro, atingindo apenas cerca de 1% dos homens, que são mais propensos ao daltonismo do que as mulheres.
- Tritanopia (quando há problemas relacionados aos cones "azuis"), que é a impossibilidade de diferenciar cores no segmento azul-amarelo.
- Protanomalia: presença de uma mutação dos cones "vermelhos", o que resulta numa menor sensibilidade ao vermelho e num escurecimento das cores de frequências mais longas, o que pode levar a uma confusão até mesmo entre preto/vermelho Atinge cerca de 1% dos homens.
- Deuteranomalia: presença de uma mutação dos cones "verdes", o que resulta numa menor sensibilidade ao verde. É responsável por metade dos casos de daltonismo.
- Tritanomalia: presença de uma mutação dos cones "azuis", o que resulta numa menor sensibilidade ao azul-amarelo. Esta é a forma mais rara de daltonismo. Neste caso o gene afetado está no cromossomo 7.
A forma mais comum de diagnóstico do daltonismo é através do maldito Teste de Ishihara (aquelas cartas cheias de pontinhos que (dizem) tem um número no centro. Quem é daltônico não consegue ver o suposto número nas cartas.
(Se alguém estiver vendo algum número aí, deixe um comentário dizendo qual é, pq eu não faço idéia..)
Ainda não existe cura nem tratamento para o daltonismo.
Curiosidades:
- O daltonismo pode representar uma vantagem evolutiva sobre as pessoas portadoras de visão normal, tal como descrito num artigo publicado pela BBC Online.
- Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge demonstrou que algumas formas de daltonismo podem, na verdade, proporcionar uma visão mais aprimorada de algumas cores.
- Durante a 2ª Guerra Mundial se descobriu que os soldados daltônicos tinham mais facilidade para detectar camuflagens ocultas na mata.
- Os daltônicos possuem uma visão noturna superior à de uma pessoa com visão normal.
- Eles também são capazes de identificar mais matizes de violeta que as pessoas de visão normal.
- A maioria dos daltônicos não sabe que possui esta característica.
- A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra.
- O pintor Vincent van Gogh sofria de daltonismo.
- A incidência de daltonismo é maior entre os descendentes de europeus.
- Os daltônicos vêem, em média, entre 500 a 800 cores.
- Normalmente as cores prediletas de quem tem esta alteração genética são o azul ou roxo, por serem cores vivas.
- Para os daltônicos o arco-íris não possui 7 cores. Na verdade, o número de cores do arco-íris é arbitrário, uma vez que não há limite bem definido entre elas, pois se trata de um espectro de variação contínua. A divisão entre as cores segue padrões definidos culturalmente. Muitas línguas, como o tupi e o japonês tradicionais, juntam azul e verde sob um mesmo nome. Quem "definiu" que o arco-íris teria 7 cores foi Isaac Newton, por questões de numerologia. É provável que a maioria das pessoas não separariam "anil" de "violeta", se não fosse ensinado a elas assim.
- A proporção de generos dessa disfunção é de 75 homens daltônicos para cada mulher, o que fez com que se acreditasse durante muito tempo que as mulheres eram imunes a ele.
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